quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A arte de Israel Kislansky







Nascido na cidade de Salvador, Bahia e radicado em São Paulo desde 1983 o escultor Israel Kislansky é formado pela Faculdade Santa Marcelina onde estudou com J.A. Van Acker e Iole di Natale. Inicialmente trabalhando como pintor, dedica-se a partir de 1990 à escultura. Em 1996 realiza a obra "Semear", instalada na Praça Klaus Walter Zulauf, no bairro do Morumbi em São Paulo e inaugura o Kislansky Atelier de escultura um espaço dedicado a formação de escultores figurativos. O Kislansky Atelier de Escultura desde de sua criação há dez anos, atende regurlamente a cerca de de sesenta alunos entre eles estudantes e profissionais, os quais buscam no espaço um ambiente de aprimoramento e desenvolvimento nas principais técnicas da escultura, como a modelagem em argila para fundição em bronze, talha a pedra e madeira e a cerâmica. a partir de 2000, o atelier passa a levar estas oficinas a diversas capitais brasileiras tais como Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brasilia.

sábado, 24 de setembro de 2011

Dadá Bordando O Cangaço

Dadá e Corisco



A escritora Lia Zatz e a Editora Callis presenteia os arte educadores com esta obra de grande valor para nossa prática pedagógica.

Descrição da obra:
Lia Zatz nos conta a história de Dadá,companheira do cangaceiro Corisco e integrante do bando de Lampião, a única mulher a pegar em armano bando,a autora apresenta a personagem não só como mulher, mas como mãe, avó e bordadeira de sua própria história. Trechos de Guimarães Rosa e da literatura de cordel ilustram a narrativa, tornando-a ainda mais interessante.

Possibilidades e desdobramentos :

1. Conhecer alguns livros de cordel que contêm a história do cangaço no Brasil.
2. Realizar um trabalho de xilogravura que ilustre este momento da história.
3. Identificar em que momentos do livro a autora aborda o tema sobre a violência nos dias de hoje.
4. Elaborar um texto sobre a situação atual do sertão nordestino, utilizando como tema gerador a citação de Guimarães Rosa: “Sertão. O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado.”

Áreas do Conhecimento: Língua Portuguesa / Artes / História
Temas Transversais: Ética e Cidadania / Pluralidade Cultural

Sobre o livro estrelas de couro : a estética do cangaço





ESTRELAS DE COURO - A ESTÉTICA DO CANGAÇO

Autoridade no tema Cangaço - expressão do irredentismo popular brasileiro -, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Estrelas de couro: a estética do cangaço (Escrituras Editora), com prefácio de Ariano Suassuna.

Pernambucano, chamado por Gilberto Freyre de “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, mergulha no universo desconhecido de sua cultura material, promovendo a leitura profunda do requinte e dos significados presentes nas poucas peças autênticas de uso dos cangaceiros, a exemplo do signo-de-salomão, da cruz-de-malta, da flor-de-lis, do oito contínuo deitado, das gregas, de variações sublimadas da flora local, e das tantas combinações possíveis de que se valia o cangaceiro na construção de um traje que atendia à vaidade ornamental de seu brado guerreiro e a anseios bem compreensíveis de proteção mística.

Resultado de estudo profundo a que se dedicou Pernambucano desde 1997, a obra é um ensaio interdisciplinar, um livro de arte com mais de 300 fotos históricas, que contou com a colaboração da Aba-Film (Fortaleza-CE), Fundação Joaquim Nabuco (Recife-PE), Instituto da Memória (Aracaju-SE), Instituto Cândido Portinari (Brodowski-SP), Instituto Ricardo Brennand (Recife-PE), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Maceió-AL), Museu Estácio de Lima / Instituto Nina Rodrigues (Salvador-BA), Museu da República (Rio de Janeiro-RJ) e do autor, que possui o maior acervo de peças de uso pessoal dos cangaceiros, com cerca de 160 objetos, que teve lugar de destaque na Mostra do Redescobrimento - Brasil 500 Anos (2000, São Paulo).

O livro é a primeira produção de história íntima sobre o fenômeno de insurgência social de maior apelo popular do Brasil. Sem perda do caráter epidérmico de banditismo, Pernambucano nos mostra uma tradição brasileira de insurgência recorrente, irmã do levante indígena, do quilombo e da revolta social. E conclui que nos veio do fenômeno a própria marca visual da região Nordeste: não mais que uma estilização da meia-lua com estrela do arrebitado da aba do chapéu de couro dos velhos capitães de cangaço.

“Habitando um meio cinzento e pobre”, conclui Pernambucano, “o cangaceiro vestiu-se de cor e riqueza. Satisfez seu anseio de arte, dando vazão aos motivos profundos do arcaico brasileiro. E viveu sem lei nem rei quase em nossos dias, deitando uma ponte sobre cinco séculos de história. Foi o último a fazê-lo com tanto orgulho. Com tanta cor. Com tanta festa”.

O Cangaço e suas possibilidades estéticas para inovar as aulas de arte



A estética do Cangaço é uma fonte de inspiração inesgotável,que pode ser retroalimentada através da percepção de meios que nos permitem viajar no tempo e no espaço, vamos tirar proveito da novela "Cordel Encantado "(2011) e do filme "Lampião O Rei do Cangaço" (1964), certamente estas obras podem funcionar como um bom estímulo para desdobramentos em nossa disciplina , possibilitando diálogos interdisciplinares.
Vale ressaltar que Virgulino Ferreira, o Lampião, entrou para a história do Brasil como o rei do cangaço: um homem forte e violento. Mas o novo livro do historiador Frederico Pernambucano de Melo, intitulado "Estrelas de Couro: a Estética do Cangaço", revela um lado pouco conhecido de lampião. O cangaceiro gostava de bordar e de fazer tricô.Outra obra que pode contribuir para enriquecimento do trabalho com esse tema.Bons desdobramentos !!!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A ARTE FOTOGRÁFICA DO HOLANDÊS RUUD VAN EMPEL CHEGA AO BRASIL

















Biografia
Ruud Van Empel nasceu na cidade de Breda em 1958, holandês que vive e mora em Amsterdã , formado em Belas Artes, estudou na academia de artes plásticas de Sint Joost, em sua cidade natal, entre 1976 a 1981. Ele já atuou como designer, cenógrafo de teatro, diretor de arte de televisão e em diversas produções cinematográficas e mais.
Sua poética consiste em por meio de softwares de manipulação e criação de imagens, ele situa pessoas, especialmente crianças negras, em ambientes naturais ou criados pelo homem. A cada elemento agrega muitos detalhes revisitando, deste modo, a escola do Hiper-realismo, seguindo aí uma tendência que pode ser observada na produção inglesa atual. Com estes trabalhos ele abre, sem dúvida, um nicho de produção e criação a partir do emprego destes softwares.
As suas crianças negras carregam o olhar de descobrimento, curiosidade e ingenuidade.Uma aura de pureza antes só relacionada à criança branca, principalmente, as louras, devido ao surgimento desta pinturas no século XVIII na Europa.
O trabalho de Ruud ganhou uma exposição especial aqui no Brasil, durante o São Paulo Fashion Week Verão 2012, com abertura na segunda-feira 13.06 . As obras estarão disponíveis para visitação de quem estiver na Bienal até o fim da temporada de moda paulistana, que encerra no dia 18 de junho.
Van Empel trabalha com fotografias que mais parecem desenho e tem todo um processo especial e detalhista de produção: primeiro, ele fotografa os modelos em seu estúdio e depois une essas imagens à fotografias de ambientes externos, como paisagens, plantas e animais. As roupas também são fotografadas separadamente, em manequins. A montagem é feita por meio digital e a composição final parece uma ilustração em alta definição.
De cores e contrastes fortes, o trabalho de Van Empel muitas vezes tem crianças como personagens principais, geralmente enquadradas em ambientes cheios de informação, criando imagens ao mesmo tempo instigantes e etéreas.
Rudolph Franciscus Maria van Empel graduado Cum Laude da Academie St. Joost, Breda (1976-1981) como um designer gráfico . Tendo trabalhado brevemente como um designer, ele dedicou a sua atenção para fazer fitas de vídeo livre e encenado da fotografia . A partir de meados dos anos oitenta em diante ele foi como um designer criativo de decoração teatro e foi diretor artístico da televisão e várias produções cinematográficas.Ele também produziu cartazes para filmes, programas culturais e organizações.
Em meados dos anos noventa, ele decidiu desenvolver-se ainda mais como artista visual. Sua primeira foto da série The Office têm direito (1995-2001), Estudo para a Mulher (1999-2002) e Study in Green (2003). Ele apresentou sua primeira exposição individual no Museu Groninger em 1999 sob o título de Waterpas Optisch recht? (Nível ou opticamente reta?)
Seu sucesso internacional veio com sua série de trabalhos intitulada World, Lua, Vênus (2005-2008). Estes foram os primeiros exibiu na exposição Retratando Eden, compilado por Deborah Klochko, na George Eastman House . Muitas exposições seguidas e o Sir Elton John coleção de fotos é apenas uma das muitas coleções que agora contêm exemplares de seus trabalhos.
Método de trabalho Van Empel é um problema complexo. Ele fotografias 4 ou 5 modelos profissionais em seu estúdio e leva muitas fotografias detalhadas das folhas, flores, plantas e animais. As fotos modelos são misturados com estas imagens utilizando o programa Photoshop e com a roupa fotografada separadamente em um manequim de alfaiate. Desta forma, ele cria novas imagens, principalmente de crianças, em preto e branco, situado num paradisíaco ambiente.
Conheça sua obra e se encante – alguns dos trabalhos de Van Empel na nossa galeria.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Arte Cemiterial ou Tumular

Cemitério Du Père Lachaise em Paris



Cemitério De La Recoleta em Bueno Aires

Cemitério Campo Santo em Salvador



Cemitérios são lugares fascinantes,repletos de curiosidades, símbolos, obras de arte e mistérios. O lugar escolhido para o repouso eterno de entes queridos pode ser também uma ilha de silêncio e paz, onde se pode repensar a vida, e caminhar por dentro de si mesmo. A arte cemiterial ou tumular como prefir chamar, possui peculiaridades que convidam a uma análise minuciosa, desprovida de preconceitos.Arte tumular ou arte funerária é um termo usado para designar obras feitas para permanecerem em cima das sepulturas nos cemitérios e igrejas. É uma forma de representação que está ligada à cosmovisão de determinado contexto histórico, ideológico, social e econômico, interpretando a vida e a morte. Essa interpretação pode ser feita através de um conjunto de símbolos ou de uma obra narrativa, utilizando-se materiais variados como o mármore, o granito, o ferro fundido e o bronze.
A arte tumular atingiu seu apogeu nos séculos XVIII e XIX, sendo hoje menos utilizada em virtude do avanço do cemitério-jardim.

Simbologia




No caso dos símbolos, a representação remete a um significado diferente do objeto construído e colocado no túmulo, como, por exemplo, uma tocha com fogo, que remete à purificação da alma após a morte, ou seja, a tocha tem seu significado real transformado em um símbolo de purificação.
Com relação à obra narrativa o significado dos objetos construídos é literal e não metafórico, como no caso de muitos imigrantes que têm suas epopéias narradas desde a partida da terra natal com o navio até o final da vida como industrial no Brasil.

Nessas duas formas de representações podemos distinguir duas linhas: a nobreza e a burguesia industrial; a primeira utilizava mais o símbolo aliado a seus brasões e a segunda tinha a necessidade de demonstrar a sua importância através da suntuosidade.

* Material: Antigamente era usado o mármore de Carrara. Cada vez mais raro, passou a ser substituído pelo mármore comum, granito ou bronze.

* Pietá: A escultura de Maria com Jesus recem crucificado nos braços representa o desejo de que a alma seja bem recebida.

* Anjo que aponta: Quando a mão indica o céu, significa que o falecido era considerada uma pessoa boa e espera-se que ela vá direto para o paraíso.

* Anjo pensativo: Quando o anjo está pensativo, com a mão no queixo, significa que está refletindo sobre a vida do falecido e não existe certeza sobre a absolvição de seus atos em vida.

* Guirlanda: Simboliza o triunfo da vida sobre a morte.

* Pata do felino: Patas esculpidas nas quinas, são usadas para lembrar que o falecido era o responsável pelo sustento da família.

* Coluna partida: Representa o túmulo do último membro de uma família tradicional.

* Escada: Intervalada em dregaus finos e largos, representa a vida de altos e baixos que o morto teve.
Embora os símbolos usados na arte tumular sejam, muitas vezes, comuns a outras artes, essa simbologia utilizada nos túmulos só pode ser interpretada correctamente tendo em conta a época e o contexto social e cultural em que foram utilizados, pelo que, qualquer chave de interpretação pré-definida, pode redundar em conclusões erradas. Assim, nos túmulos erguidos nos cemitérios portugueses durante o Romantismo, os símbolos mais utilizados foram determinadas flores e coroas vegetalistas, figuras alegóricas (nomeadamente as que representavam virtudes cristãs), certos animais (como o cão, para demonstrar fidelidade), a cruz (como símbolo da fé cristã), tochas invertidas, ampulhetas e génios da morte (inspirados nos túmulos da Antiguidade Clássica), anjos (de diversos tipos), entre muitos outros.


Que tal um tour pelo cemitério mais importante do mundo " Cemetiere Du Pére La Chaise " http://www.pere-lachaise.com/perelachaise.php?lang=en

VISITE A EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL :BENIN ESTÁ VIVO AINDA LÁ - ANCESTRALIDADE E CONTEMPORANEIDADE