quinta-feira, 2 de abril de 2009

Arte Rupestre

A chamada arte pré-histórica é o que podemos assemelhar com produção dita artística do homem ocidental dos dias de hoje feito pelo homem pré-histórico, como gravuras rupestres, pinturas, riscos, etc.
A relação que o Homem pré-histórico tinha com esses objetos é impossível de saber com exatidão. Pode-se, no entanto, formular hipóteses e efetuar um percurso para as apoiar cientificamente. Só assim uma idéia que sai da imaginação pode ser realmente interessante e ter algum fundamento.
Ainda hoje, povos caçadores-recoletores produzem a dita "arte" e em algumas tribos de índios, que já são poucas, já estão percebendo a relação do homem contemporâneo com o nosso conceito de obras de arte e também de comércio e com o comércio. Logo já existem produções que se assemelham com seus instrumentos para a venda.


Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.
Prospecções arqueológicas realizadas na Europa, Ásia e África, entre outras, revelam em que meio surgiram entre os primitivos homens caçadores os primeiros artistas, que pintavam, esculpiam e gravavam, demonstrando que o desejo de expressão através das artes é inerente ao ser humano. A cor na pintura já era conhecida pelo Homem de Neandertal. As "Venus Esteatopígicas", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina e ao primeiro registro de um sentimento religioso ou de divindade, o qual convencionou-se denominar de Deusa mãe, Mãe Cósmica ou Mãe-terra.
Não é menos notável o desenvolvimento da pintura na mesma época. Encontradas nos tetos e paredes das escuras grutas, descobertas por acaso, situadas em fundos de cavernas. São pinturas vibrantes realizadas em policromia que causam grande impressão, com a firme determinação de imitar a natureza com o máximo de realismo, a partir de observações feitas durante a caçada. Na Caverna de Altamira (a chamada Capela Sistina da Pré-História), na Espanha, a pintura rupestre do bisonte impressiona pelo tamanho e pelo volume conseguido com a técnica claro-escuro. Em outros locais e em outras grutas, pinturas que impressionam pelo realismo. Em algumas, pontos vitais do animal marcados por flechas. Para alguns, "a magia propiciatória" destinada a garantir o êxito do caçador. Para outros estudiosos, era a vontade de produzir arte.
Qualquer que seja a justificativa, a arte preservada por milênios permitiu que as grutas pré-históricas se transformassem nos primeiros museus da humanidade.

Objetivos e temas

A Arte Rupestre é uma maneira de representar a Arte Primitiva. Acredita-se que estas pinturas, cujos materiais mais usados são o sangue, argila e excrementos humanos, têm um cunho ritualístico. Estima-se que esta arte tenha começado no Período Aurignaciano (Hohle Fels, Alemanha), alcançando o seu apogeu no final do Período Magdaleniano do Paleolítico.
Uma teoria alternativa e mais moderna quanto ao objectivo destas pinturas, baseada em estudos de sociedades mais recentes de caçadores-coletores, é que as pinturas foram feitas por xamãs do grupo dos Cro-Magnon.
Os xamãs retirar-se-iam para a escuridão das cavernas, entrariam em estado de transe e pintariam, então, imagens de suas visões, talvez com alguma intenção de extrair força das paredes da caverna para eles mesmos. Isso favorece a explicação sobre a antigüidade de algumas pinturas (que freqüentemente ocorrem em cavernas profundas e pequenas) e a variedade dos motivos (de animais de presa a predadores e desenhos de mãos humanas).
Normalmente os desenhos são formados por figuras de grandes animais selvagens, como bisões, cavalos, cervos entre outros. A figura humana surge raramente, sugerindo muitas vezes actividades como a dança e, principalmente, a caça, mas normalmente em desenhos esquemáticos e não de forma naturalista, como acontece com os dos animais. Paralelamente encontram-se também palmas de mãos humanas e motivos abstratos (linhas emaranhadas), chamados por Henri Breuil de macarrões.
Nos sítios espalhados pelo mundo, é padrão encontrar, além dos desenhos parietais, figuras e objetos decorativos talhados em osso, modelados em argila, pedra ou chifres de animais.
As pinturas rupestres eram feitas por causas religiosas ou por crenças que eram: -Quando pintavam o animal nas paredes não era epenas um desenho era a alma do animal que ali iria ficar preso; -Para dar sorte nas caças.

Arte Rupestre brasileira

No Brasil são encontrados diversas manifestações de arte rupestre. Os locais mais conhecidos ficam em Naspolini, no Estado Santa Catarina, na região Sul do país. Em Minas Gerais na região de Lagoa Santa, Varzelândia e Diamantina próximo à cachoeira da Sentinela. Destacam-se também a Toca da Esperança, região central da Bahia e Florianópolis, Estado de Santa Catarina, no sul. No nordeste também foram encontradas pinturas no Estado do Piauí, na Serra da Capivara. As cidades mais próximas dos sítios arqueológicos são Coronel José Dias e São Raimundo Nonato (30 km). No estado do Rio Grande do Norte, diversos sítios também são encontrados, principalmente nas regiões do Seridó e na chapada do Apodi, tendo como destaque o Lajedo de Soledade.
Segundo informação da "FUMDHAM", Fundação Museu do Homem Americano, de São Raimundo Nonato, há 260 sítios arqueológicos com pinturas rupestres na área do Parque Nacional da Serra da Capivara, que foi criado em 1979.

O que é pichação ?


O QUE É UMA PICHAÇÃO ?

Pichação é o ato de escrever ou rabiscar sobre muros, fachadas de edificações, asfalto de ruas ou monumentos, usando tinta em spray aerosol, dificilmente removível, estêncil ou mesmo rolo de tinta.
No geral, são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos - às vezes gangues rivais.
HISTÓRICO
Já na Antigüidade é possível encontrar elementos de pichação. A erupção do vulcão Vesúvio preservou inscritos nos muros da cidade de Pompéia, que continham desde xingamentos até propaganda política e poesias.
Na Idade Média, padres pichavam os muros de conventos rivais no intuito de expor sua ideologia, criticar doutrinas contrárias às suas ou mesmo difamar governantes.
Com a popularização do aerosol, após a Segunda Guerra Mundial, a pichação ganhou mais agilidade e mobilidade. Na revolta estudantil de 1968, em Paris, o spray foi usado como forma de protesto contra as instituições universitárias e manifestação pela liberdade de expressão.
Construído no início da década de 1960, o Muro de Berlim ostentou por vários anos um lado oriental limpo e de pintura intacta, controlado pelo regime socialista da União Soviética, enquanto seu lado ocidental, encabeçado pela democracia capitalista dos Estados Unidos, foi tomado por pichações e grafites de protesto contra o muro. Até sua derrubada, em 9 de Novembro de 1989, os dois lados do muro representavam a discrepância entre a ditadura linha-dura soviética e a própria liberdade de expressão garantida na democracia de Berlim Ocidental.
No final de 1969 e início da década de 1970, as ruas de Los Angeles foram tomadas por pichações que demarcavam a disputa territorial pelo tráfico de drogas entre duas violentas gangues rivais: Bloods, representada pela cor vermelha, e Crips, representada pela cor azul. A disputa tomou proporções nacionais, e hoje a pichação e a rivalidade entre as duas gangues ainda persiste em várias cidades estadunidenses.

A PICHAÇÃO NO BRASIL

No Brasil, costuma-se estabelecer uma diferença "conceitual" entre o graffiti e a pichação. Não há, entretanto, parâmetros objetivos para a distinção entre uma forma e outra. Ambas utilizam basicamente as mesmas técnicas de execução, os mesmos elementos de suporte e podem conter algum grau de transgressão. Ambas tendem a alimentar discussões acerca dos limites da arte, sobre arte livre ou arte-mercadoria, liberdade de expressão, sobre Pollock, Rothko e Basquiat - mas também sobre "quem vai limpar o meu muro e onde está a polícia?".
O graffiti, em princípio, é bem mais elaborado e de maior interesse estético, sendo socialmente aceito como forma de expressão artística contemporânea, respeitado e mesmo estimulado pelo Poder Público. Já a pichação é considerada essencialmente transgressiva, predatória, visualmente agressiva, contribuindo para a degradação da paisagem urbana - enfim, mero vandalismo desprovido de valor artístico ou comunicativo. Costumam ser enquadradas nessa categoria as inscrições repetitivas, bastante simplificadas e de execução rápida, basicamente símbolos ou caracteres um tanto hieroglíficos, de uma só cor, que recobrem os muros das cidades. A pichação é, por definição, feita em locais proibidos e à noite, em operações rápidas, sendo tratada como ataque ao patrimônio público ou privado, e portanto o seu autor está sujeito a prisão e multa. O grafite atualmente tende a ser feito em locais permitidos ou mesmo especialmente destinados à sua realização.
Em geral, a convivência entre grafiteiros e pichadores é pacífica. Muitos grafiteiros foram pichadores no passado, e os pichadores não interferem sobre paredes grafitadas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A História do Graffiti



O vestígio mais fascinante deixado pelo homem através dos tempos em sua passagem pelo planeta foi, sem duvida a produção artística. Desta , a manifestação mais antiga, com certeza, foram os desenhos feitos nas paredes das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os primeiros exemplos de graffiti que encontramos na historia da arte. Elas representam animais, caçadores e símbolos muitos dos quais , ainda hoje , são enigmas para os arqueólogos , mas que de fato são significantes aos seres daquele contexto , como uma forma de expressão ou talvez transcrição do momento histórico. Não sabemos exatamente o que levou o homem das cavernas a fazer essas pinturas , mas o importante é que ele possuía uma linguagem simbólica própria. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje , usamos tintas em spray ou mesmo em latas , e não pintamos cervos e bisões , mas sim idéias , signos , que passam compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também. Maurício Villaça , um dos precursores da arte do graffiti no Brasil , partilhava da idéia de que graffiti são também as garatujas que fazemos desde a mais tenra idade, os rabiscos e gravações feitos em bancos de praça, banheiros, até mesmo aqueles que surgem quando falamos ao telefone. Assim , também o graffitar que se difunde de forma intensa nos centros urbanos significa riscar, documentar de forma consciente ou não , fatos e situações ao longo do tempo . Diz respeito a uma necessidade humana como dançar , falar , dormir , comer , etc.É possível dissociar essa necessidades humanas da liberdade de expressão . Não existe graffiti ou quem produza de forma não democrática. Alias , o graffti veio para democratizar a arte, na medida em que acontece de forma arbitraria e descomprometida com qualquer limitação espacial ou ideológica. Todos os segmentos sociais podem vir a ser lidos pelos artistas do graffiti, assim como seus símbolos espalhados pela cidade podem ser lidos por todos, pois o graffiti engloba um linguajar e uma forma de expressão bastante ampla em sua contextualização ,são diversas influencias talvez, não se pode dizer que o graffiti seria talvez uma "vanguarda", pois o propósito fundamental do graffiti , não é apenas cores fortes, traços leves, e assim por diante, são diversos recursos com a intenção de compor o espaço urbano de modo a estabelecer uma maior identificação com o leitor .A palavra aqui usada e a grafia adotada (graffito) , que vem do italiano, inscrição ou desenhos de épocas antigas , toscamente riscados a ponta ou a carvão , em rochas , paredes etc. Graffiti é o plural de graffito . No singular , é usada para significar a técnica (pedaço de pintura no muro em claro e escuro). No plural , refere-se aos desenhos (os graffitis do Palácio de Pisa), a respeito de outras grafias adotadas, escolhi a de origem italiana , por que há palavras , que devem permanecer em sua grafia original pela intensidade significativa com a qual se textualiza dentro de um contexto.

Já no século XX , pintores mexicanos utilizando-se das técnicas da pintura mural , decoravam edifícios públicos. Como nos enormes murais executados por Diego Rivera , José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros, quando convidados pelo então intelectual revolucionário José Vasconcelos , na ocasião em que, após uma serie de golpes de Estado , sobe ao poder. Em 1905, Dr. AIL (pseudônimo do pintor Bernardo Carnada) publicou um manifesto defendendo a necessidade de uma arte publica. Em Barcelona , quinze anos mais tarde , Siqueiros fez apelo aos artistas da América proclamando a necessidade de se lançarem todos à tarefa de promover uma arte capaz de fala às multidões. "Pintaremos os muros das ruas e das paredes dos edifícios públicos, dos sindicatos, de todos os cantos onde se reúne gente que trabalha " afirmou Siqueiros.No Brasil dos anos 50 , vários murais arrematavam as fachadas dos edifícios narrando temas da historia e da arte brasileira , como o realizado por Di Cavalcanti , com cerca de 15 metros de comprimento , na fachada do Teatro de Cultura Artística , na região central de São Paulo. Todos esses dados sobre muralismo , junto com a pop art , já apontavam para origem do graffiti contemporâneo enquanto expressão artística e humana. Essa manifestação , que começa a surgir no Brasil já nos anos 50, com a introdução do spray, segue pelos 60, passa pelos 70 e se consagra como linguagem artística nos anos 80, conquistando seu espaço na mídia, chegando à Bienal , a manchetes de jornais e até a novelas de TV, seguindo pelos anos 90 , e assim diante, em constante evolução.
Considerando pós-moderno , não podemos confundi-lo com pinturas em muro que, não advindo do novo, se enquadram , de uma forma ou de outra, nos padrões convencionais de pintura e não possuem uma produção considerável. Vale lembrar que toda manifestação artística representa a situação histórica em que esta ocorre , não por que necessariamente toda arte deva ser engajada, mas porque é realizada pelo sujeito histórico dentro de um contexto histórico-social e econômico. No entanto , o graffiti utilizando-se da cidade como suporte , a de retratar a situação , nesse meio presenciada ou vivida , assim relaciona automaticamente com a pichação também, cujo seu veiculo de existência também é o espaço urbano. Assim como o graffiti a pichação interfere no espaço , subverte valores, é espontânea , gratuita , em fim . Mas há diferenças, entre o graffiti e a pichação , é que o primeiro (graffiti) advém das artes plásticas e o segundo da escrita, ou seja, o graffiti privilegia a imagem, a pichação , a palavra ou a letra , sempre retratando o que a de convir ao contexto .O graffiti ao utilizar o meio urbano como forma de expressão, contrario aos demais movimentos artísticos , que se inserem na sociedade através de um trabalho muitas vezes planejado e exposto em galerias e museus , faz com que seja bastante questionado. Um dos aspectos conceituais mais interessantes encontrados nessa linguagem (graffiti), é sem duvida, a questão da proibição, sempre presente , talvez um preconceito ou mesmo uma falta de informação a respeito do que acontece e a arte final prescrita no muro , faz com que muitos da população ajam a favor dessa proibição, ao visualizar esse tipo de ação. Ao observamos essa opressão, ou melhor dizendo essa proibição , percebemos que ela está ligada ao conceito de propriedade privada, ou seja, o que pensara o proprietário do espaço ao ver sua propriedade graffitada , sem sequer ser comunicado .Engloba uma questão bastante ideológica ao referirmos a esse aspecto , porem a de convir que o graffiti por sua natureza intrínseca, sempre será marginal. Mas se focalizarmos o aspecto de pratica com as técnicas, de proposta de trabalho e de amadurecimento das obras , reconheceremos, num primeiro momento, uma fase de domínio marginal. Fase em que os artistas em "roles" pelas ruas da cidade pesquisavam e realizavam o graffiti basicamente preto e branco. Porem esse estilo, se é que podemos taxar dessa maneira, ainda tem suas raízes atuais , o fato de fazer graffitis com pouca elaboração e de maneira ilegal ainda aflora-se na mente dos artistas , assim podemos confirmar observado-se a cidade como um todo, e que em sua maioria é tomada por esse estilo, descrito como bombing , ou mesmo thronw-up, numa representação espontânea. No entanto não podemos, dizer que a população vem encarando o graffiti a cada dia que se passa como um meio artístico da cidade, podem até afirmar isso , porem discordam da ação, assim vejo que a proibição está , mais do que nunca , em pauta . Vejamos , o presidente da Republica sancionou um lei ambiental , talvez nos anos 90 , um tempo atras , de numero 9.605, que entrou em vigor , no inicio de 1998, que alem de conceituar o graffiti e a pichação sem estabelecer distinção alguma, os declara crime contra o meio ambiente passível de penalidades . Paradoxalmente , esse impedimento do exercício coletivo de liberdade de criação contribui para que os artistas continuem na busca da perfeição , focos para alguns, superação , e firmar-se acima das possíveis criticas e da aceitação maior do publico, porem abrindo um leque também para , novamente a questão, a ação ilegal , que muitos a justificam pelo fato de haver uma proibição, e o ilegal é legal.A trupe de graffiti americano , começou a despontar em 1980, junto com o movimento hip hop, fazendo parte dos tão falados 4 elementos, que no caso se ligam diretamente ao rap , são os DJ's , nos toca discos ,os MC's , no microfone, mandando sua mensagem, os B.Boys , entrando no compasso do rap com danças criativas, e os graffers , colorindo o meio em que passam. No Brasil esse estilo não só invadiu o metrô , varias experiências foram realizadas em termos de técnica , pois no inicio só se via um tipo de traço de spray. O tamanho padrão das latas, com jatos relativamente grossos, fez com que se buscassem novas possibilidades de variação de bicos. Assim percebeu-se que desodorantes e inseticidas possuíam bicos que produziam traços mais finos. A partir daí, descobriu-se que extraindo um pouco de ar da lata de tinta spray seu jato torna-se menos denso, e o traço mais fino , e assim fora se aprimorando. Por ultimo, tivemos a utilização do compressor, substituindo a lata de spray, porem muitos dos graffiteiros discordam da utilização dele pois alem de substituir as latas está substituindo o próprio graffiteiro, deixando o de comparsa a uma maquina .O estilo americano começou realmente a ser realizado em grande escala em 1989, com os gêmeos Gustavo e Otavio , Speto, Binho, Tinho e ,ainda, o excelente grupo Aerosol, que se destacaram entre outros. Hoje em dia, alem das letras coloridas, caracteristica do graffiti americano , estão aparecendo desenhos elaborados , partindo de apurada técnica. Esses desenhos traduzem o universo hip-hop em suas mais variadas nuances, com figuras humanas dançando, pensando, cantando , etc...bastante americanizado, porem , os mesmo estão caminhando para uma evolução, como podemos presenciar , esse estilo americano, esta sendo bastante abrasileirado, e assim expondo nossa cultura a população , assim entretendo e passando informações ao publico.

Cultura Hip Hop : GRAFFITI


Introdução

A palavra graffitis vem do Italiano “graffitis”. Graffiti significa em Latim e Italiano “escritas feitas em carvão” grafiti vem da palavra “graphein”, que em Grego significa escrever, sendo também o nome que se dá ao material de carbono que compõe o lápis, de onde se conclui que graffitis tem tudo a ver com escrever com carvão. O Graffiti tem suas origens nos Estados Unidos ,uma modalidade de arte urbana. Apesar de todas as controvérsias, o graffiti está presente em diversas partes da cidade: em banheiros públicos, edifícios, becos, casas abandonadas, ônibus, metrôs, orelhões, postes e monumentos públicos.
Controvérsias à parte, cada vez mais o graffiti ganha status de arte e, conseqüentemente, o apoio de programas desenvolvidos por escolas, grupos de artistas e pelo próprio governo.
Vamos conhecer alguns detalhes da história do graffiti, suas modalidades e como ele vem se incorporando a diversos projetos sociais contemporâneos.

História do Graffiti

No final da década de 60, jovens do Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA), restabeleceram esta forma de arte usando tintas spray. Para muitos, o grafite surgiu de forma paralela ao hip hop - cultura de periferia, originária dos guetos americanos, que une o RAP (música muito mais falada do que cantada), o "break" (dança robotizada) e o grafite (arte plástica do movimento cultural). Nesse período, academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e jovens artistas passaram a se interessar por novas linguagens. Com isso, teve início um movimento que dava crédito às manifestações artísticas fora dos espaços fechados e acadêmicos. A rua passou a ser o cenário perfeito para as pessoas manifestarem sua arte.
Os artistas do graffiti, também chamados de "writers" (escritores), costumavam escrever seus próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais.
Na Europa, no início dos anos 80, jovens de Amsterdã, Berlim, Paris e Londres passaram a criar seus próprios ateliês em edifícios e fábricas abandonadas. O objetivo era conseguirem um espaço para criarem livremente. Nesses locais, surgiram novas bandas de música, grupos de artistas plásticos, mímicos, atores, artesãos e grafiteiros.

Muitos grafiteiros europeus e norte-americanos que viveram e trabalharam nesses espaços alternativos conseguiram levar mostrar suas obras aláem das fronteiras de seus países. Alguns exemplos desse movimento são: Jean-Michel Basquiat, Keith Haring e Kenny Scharf .
Haring e Scharf expuseram seus trabalhos na XVII Bienal Internacional de São Paulo, em 1983, exercendo forte influencia entre os artistas do grafite no Brasil. A XVIII Bienal, em 1985, lançou nomes de grafiteiros brasileiros, tais como Alex Vallauri, Matuck e Zaidler.

Modalidades

Grafite 3D: desenhos concebidos a partir de idéias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.
WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.
Bomber: são letras gordas e que parecem vivas, geralmente feitas com duas ou três cores.
Letras grafitadas: incorporação das técnicas do grafite à pichação. As letras grafitadas represntam a assinatura do grupo.
Grafite artístico ou livre figuração: nesse estilo vale tudo: caricaturas, personagens de história em quadrinhos, figurações realistas e também elementos abstratos.
Grafites com máscaras e spray: facilita a rápida execução e disseminação de uma marca individual ou de grupo.

Graffiti como projeto social

Atualmente os artistas do grafite são convidados a participarem de projetos que visam embelezar as cidades. Com isso, espera-se que as pessoas interessadas nessa atividade possam continuar expressando sua arte, mas sem causar prejuízos ao planejamento urbano.
Para citar alguns exemplos, a Universidade de São Paulo (USP) começou a organizar a primeira cooperativa brasileira de grafiteiros, muitos deles ex-pichadores. O objetivo é profissionalizar esses artistas. Todos serão orientados por professores de artes plásticas e designers para fazerem seus trabalhos em painéis e muros especialmente destinados para exibição de seus trabalhos.
O Rio de Janeiro também investe em projetos como este. A prefeitura da cidade já formou uma turma de grafiteiros, com direito a certificado e tudo. Entre os diplomados, estão moradores de áreas carentes como Manguinhos, Jacarezinho e Vigário Geral.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou em Brasília o Projeto Grafitran. O objetivo é incentivar grafiteiros de oito grandes cidades brasileiras a divulgar mensagens favoráveis à humanização do trânsito, através de painéis espalhados por locais públicos, próximos às rodovias e ruas movimentadas.

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