quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cultura Hip Hop : GRAFFITI


Introdução

A palavra graffitis vem do Italiano “graffitis”. Graffiti significa em Latim e Italiano “escritas feitas em carvão” grafiti vem da palavra “graphein”, que em Grego significa escrever, sendo também o nome que se dá ao material de carbono que compõe o lápis, de onde se conclui que graffitis tem tudo a ver com escrever com carvão. O Graffiti tem suas origens nos Estados Unidos ,uma modalidade de arte urbana. Apesar de todas as controvérsias, o graffiti está presente em diversas partes da cidade: em banheiros públicos, edifícios, becos, casas abandonadas, ônibus, metrôs, orelhões, postes e monumentos públicos.
Controvérsias à parte, cada vez mais o graffiti ganha status de arte e, conseqüentemente, o apoio de programas desenvolvidos por escolas, grupos de artistas e pelo próprio governo.
Vamos conhecer alguns detalhes da história do graffiti, suas modalidades e como ele vem se incorporando a diversos projetos sociais contemporâneos.

História do Graffiti

No final da década de 60, jovens do Bronx, bairro de Nova Iorque (EUA), restabeleceram esta forma de arte usando tintas spray. Para muitos, o grafite surgiu de forma paralela ao hip hop - cultura de periferia, originária dos guetos americanos, que une o RAP (música muito mais falada do que cantada), o "break" (dança robotizada) e o grafite (arte plástica do movimento cultural). Nesse período, academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e jovens artistas passaram a se interessar por novas linguagens. Com isso, teve início um movimento que dava crédito às manifestações artísticas fora dos espaços fechados e acadêmicos. A rua passou a ser o cenário perfeito para as pessoas manifestarem sua arte.
Os artistas do graffiti, também chamados de "writers" (escritores), costumavam escrever seus próprios nomes em seus trabalhos ou chamar a atenção para problemas do governo ou questões sociais.
Na Europa, no início dos anos 80, jovens de Amsterdã, Berlim, Paris e Londres passaram a criar seus próprios ateliês em edifícios e fábricas abandonadas. O objetivo era conseguirem um espaço para criarem livremente. Nesses locais, surgiram novas bandas de música, grupos de artistas plásticos, mímicos, atores, artesãos e grafiteiros.

Muitos grafiteiros europeus e norte-americanos que viveram e trabalharam nesses espaços alternativos conseguiram levar mostrar suas obras aláem das fronteiras de seus países. Alguns exemplos desse movimento são: Jean-Michel Basquiat, Keith Haring e Kenny Scharf .
Haring e Scharf expuseram seus trabalhos na XVII Bienal Internacional de São Paulo, em 1983, exercendo forte influencia entre os artistas do grafite no Brasil. A XVIII Bienal, em 1985, lançou nomes de grafiteiros brasileiros, tais como Alex Vallauri, Matuck e Zaidler.

Modalidades

Grafite 3D: desenhos concebidos a partir de idéias visuais de profundidade, sem contornos. Exige domínio técnico do grafiteiro na combinação de cores e formas.
WildStyle: tem o formato de letras distorcidas, em forma de setas, que quase cobrem o desenho.
Bomber: são letras gordas e que parecem vivas, geralmente feitas com duas ou três cores.
Letras grafitadas: incorporação das técnicas do grafite à pichação. As letras grafitadas represntam a assinatura do grupo.
Grafite artístico ou livre figuração: nesse estilo vale tudo: caricaturas, personagens de história em quadrinhos, figurações realistas e também elementos abstratos.
Grafites com máscaras e spray: facilita a rápida execução e disseminação de uma marca individual ou de grupo.

Graffiti como projeto social

Atualmente os artistas do grafite são convidados a participarem de projetos que visam embelezar as cidades. Com isso, espera-se que as pessoas interessadas nessa atividade possam continuar expressando sua arte, mas sem causar prejuízos ao planejamento urbano.
Para citar alguns exemplos, a Universidade de São Paulo (USP) começou a organizar a primeira cooperativa brasileira de grafiteiros, muitos deles ex-pichadores. O objetivo é profissionalizar esses artistas. Todos serão orientados por professores de artes plásticas e designers para fazerem seus trabalhos em painéis e muros especialmente destinados para exibição de seus trabalhos.
O Rio de Janeiro também investe em projetos como este. A prefeitura da cidade já formou uma turma de grafiteiros, com direito a certificado e tudo. Entre os diplomados, estão moradores de áreas carentes como Manguinhos, Jacarezinho e Vigário Geral.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou em Brasília o Projeto Grafitran. O objetivo é incentivar grafiteiros de oito grandes cidades brasileiras a divulgar mensagens favoráveis à humanização do trânsito, através de painéis espalhados por locais públicos, próximos às rodovias e ruas movimentadas.

Um comentário:

  1. Olá !! Eu acho o grafiti uma forma maravilhosa das pessoas expressarem suas idéias e soltarem sua criatividade. Sou mãe voluntária em uma escola em Porto Alegre-Rs e estamos a procura de alguem que se habilite a realizar uma oficia com os a alunos e até mesmo com a nossa comuidade.Minha idéia é realizar a oficia aproximar a comunidade da escola e após realizar um concurso para os que melhor desenvolver suas habilidades e apartir daí liberar uma parede da nossa escola para que seja feito o graffiti

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