segunda-feira, 4 de maio de 2009

Convenções da Arte egípcia


Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Além disso, os egípcios produziram uma escrita bem estruturada, graças à qual temos um conhecimento bastante completo de sua cultura.
Mas a religião é talvez o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Tudo no Egito era orientado por ela.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinado o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientado toda a produção artística desse povo.
Uma arte dedicada à morte. Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. Dessa forma, a arte egípcia concretizou-se, desde o início, nos túmulos, nas estatuetas e nos vasos deixados junto aos mortos. É por isso também que a arquitetura egípcia se realizou sobretudo nas construções mortuárias.
A imponência do poder religioso e político. Desse período restaram importantes monumentos artísticos, feitos para atestar a grandiosidade e a imponência do poder político e religioso do faraó.
As pirâmides revelam o domínio que os egípcios demonstraram em sua técnica de construção, pois não existe nenhuma espécie de argamassa entre os blocos de pedra que formam suas imensas paredes.
A esfinge é uma obra também gigantesca, com 20 metros de altura e 74 metros de comprimento.
Uma arte de convenções . A arte egípcia estava intimamente ligada à religião, servindo de veículo para a difusão dos preceitos e das crenças religiosas. Por isso, era bastante padronizada, não dando margem à criatividade ou à imaginação pessoal.
Dessa forma, na pintura e nos baixos-relevos existiam muitas regras a serem seguidas. Dentre elas, a lei da frontalidade, que tanto caracteriza a arte egípcia, era rigidamente obrigatória. Essa lei determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
O apogeu do poder e da arte. Foi no Novo Império (1580-1085 a.C.) que o Egito viveu o apogeu de seu poderio e de sua cultura. Os faraós reiniciaram as grandes construções. Dessas, as mais conservadas são os templos de Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon. Esteticamente, o aspecto mais importante desses templos é um novo tipo de coluna, trabalhada com motivos tirados da natureza, como o papiro e a flor de lótus.
Na pintura surgem criações artísticas mais leves, e de cores mais variadas que os períodos anteriores. A postura rígida das figuras é abandonada, e elas parecem ganhar movimento. Chega até a ocorrer desobediência à severa lei da frontalidade.

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